A cerimônia do governo para o anúncio de medidas que facilitem o acesso a informações públicas se transformou em ato político envolvendo os pré-candidatos à sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Considerando que a abertura de arquivos de informações públicas é compromisso do Estado brasileiro, Lula disse que isso não deve ser considerado um revanchismo ao regime militar.
"Daqui um ano e meio eu deixarei o governo e tudo o que eu fizer de errado, quem vier depois de mim, tem mais é que dizer as coisas que eu fiz de errado. E eu não posso achar que a pessoa está me perseguindo. Eu que trate de fazer as coisas certas, enquanto estiver no governo, para que depois eu não pague o preço de ficar correndo atrás das mazelas que quem entrar depois de mim achar que eu tenha feito", afirmou Lula.
Serra foi questionado sobre Dilma e disse que não a considera como opositora.
"Eu sou o governador de São Paulo e continuo trabalhando. Antecipar campanha não é bom. Não vim aqui nesta condição, nem encaro a Dilma desta maneira. A encaro como ministra da Casa Civil, com quem tenho boas relações pessoais", disse Serra.
Por enquanto a relação é amistosa, vamos ver daqui alguns meses. Se os "aloprados" entrarem na campanha, Lula vai ter muita dor de cabeça.
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