O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira em Pequim que os efeitos práticos de suas viagens ao exterior "levam tempo" e negou que tenha saído da China sem os resultados que se esperavam em relação ao comércio entre os dois países.
"Ah, se eu pudesse viajar e cada vez que eu voltasse para casa levasse um pacote de coisas compradas e de coisas vendidas. Mas não é assim", afirmou Lula ao final da visita de três dias ao país.
O governo brasileiro havia anunciado que um dos principais objetivos da visita de Lula era a ampliação do leque das exportações brasileiras à China e a promoção de produtos mais sofisticados, com maior valor agregado.
"Falei com o (presidente chinês) Hu Jintao sobre os aviões da Embraer", disse Lula. O pedido brasileiro, porém, não foi suficiente para solucionar o problema. "Em função da crise eles deram uma suspendida (na compra), como todos os países do mundo suspenderam determinadas coisas", disse Lula.
O principal anúncio positivo da visita de Lula à China acabou sendo o acordo para um empréstimo de US$ 10 bilhões do CDB (China Development Bank) à Petrobras e a venda casada de 200 mil barris diários de petróleo à estatal chinesa Sinopec ao longo de dez anos.
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