Às vésperas de um ano eleitoral em que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá ser oficializada como candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ordem no Congresso Nacional é evitar que a recém-criada CPI da Petrobras direcione seus trabalhos para arranhar a imagem da estatal petrolífera e da própria ministra, que responde pela presidência do Conselho de Administração da empresa.
Quanto à imagem da Petrobrás a oposição, através do senador Artur Virgílio, já disse que será preservada, mas o mesmo não pode se dizer da ministra Dilma. Como ela responde pela presidencia do Conselho de Administração da Petrobrás, se for encontrada alguma fraude, será inevitável sua responsabilização e consequentemente terá a imagem arranhada com reflexos eleitorais.
O governo tenta misturar a Petrobrás com os integrantes da sua administração, mas isso deve ser separado. O que se discute são fatos administrativos, portanto responsabilidade de atos de pessoas, que podem ser punidas por tais atos, com demissão e processo. A empresa Petrobrás é impessoal, nada vai afetá-la, pelo contrário, o saneamento da administração só fará bem para a imagem da empresa.
O governo Lula está nas mãos do PMDB de Sarney nesse episódio da CPI da Petrobrás. O PMDB que faz parte da base de apoio de Lula nada fez para impedir a CPI e será o fiel da balança nas votações.
Também, o governo não tem o direito de acusar o PMDB porque na hora da leitura do requerimento da CPI não havia nenhum senador do PT no plenário do Senado, sómente depois da leitura chegou o solitário senador João Pedro(PT-AM) para chorar o leite derramado.
O Lula está refém do PMDB.
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