Muito comemorado pelo governo, o aporte de R$ 120 bilhões na capitalização da Petrobras foi suficiente apenas para que a companhia recuperasse a perda de valor de mercado acumulada desde o início do ano na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Com a emissão de novas ações, a estatal espera atingir R$ 362,8 bilhões, ou somente R$ 15 bilhões a mais do que valia no fim de dezembro.
Em seis meses, desde então, o valor de mercado da companhia despencou 26%, até atingir os R$ 256,6 bilhões no fim de junho, segundo dados do balanço da empresa. Foi a segunda maior queda no mercado global, atrás apenas da British Petroleum (BP), que sofreu as consequências do vazamento de petróleo no Golfo do México. Segundo analistas, o mau desempenho dos papéis da Petrobras pode ser atribuído às incertezas que precederam a emissão de novas ações.
"O governo conduziu o processo (de capitalização) de maneira tão politizada que o mercado respondeu, vendendo ações da companhia", comentou o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Uma grande baixa nesse período foi a decisão do megainvestidor George Soros de se desfazer das ações da estatal, considerada uma de suas principais apostas.
Ontem, as ações da Petrobras continuaram com forte volatilidade na Bovespa: terminaram a manhã em queda, mas se recuperaram à tarde. No fim do pregão, os papéis preferenciais subiram 0,76% e os ordinários (com direito a voto), 2,02%.
A falta de confiança do mercado, ainda não é tão grande como foi em 2002, quando a possibilidade de eleição de Lula, provocou uma crise, elevando a inflação e o câmbio, mas de novo o fator político interfere no mercado. Não pela possibilidade da eleição de Serra, cada vez mais forte, mas pela politização e aparelhamento da Petrobrás pelo governo Lula.
De onde saiu esse aporte de R$ 120 bilhões de reais? O único lugar que tem dinheiro sobrando são as reservas do país, da ordem de 240 bilhões de dólares. Terá sido de lá?
- Vamos ver como se comportam as ações da Petrobrás no pregão dessa semana da Bovespa. Hora de mostrar a tão propagandeada competencia do governo Lula. Dilma Rousseff é a presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
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