terça-feira, 26 de outubro de 2010

REGIÃO DE BAURU EM ALERTA CONTRA MST


26/10/2010 JCNET
Produtores se organizam contra investida do MST

José Maria Tomazela
Produtores rurais da região de Bauru reúnem-se na quinta-feira para discutir uma forma de reagir legalmente à investida do Movimento Trabalhadores Rurais dos Sem Terra (MST) sobre as fazendas da região. O centro-oeste está na mira do movimento desde que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revelou a existência de mais de 40 mil hectares de terras supostamente públicas na região, entre os municípios de Bauru e Iaras.

O MST aguarda o segundo turno das eleições para intensificar as ações, segundo o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Mauricio Lima Verde Guimarães. “Falam de uma lista com o nome das fazendas que serão invadidas”, disse.

Ele conta que foi procurado por agricultores e pecuaristas que já tiveram propriedades invadidas ou estão na lista do MST. Desde fevereiro, 18 propriedades rurais foram ocupadas na região, a última, a menos de 20 dias - os invasores ainda permanecem na área. Além do MST, participam das ações integrantes da Federação dos Agricultores Familiares (FAF) e de grupos independentes. De acordo com Guimarães, os fazendeiros pretendem discutir os instrumentos jurídicos que podem ser acionados em caso de invasão. “Já temos apoio da Polícia Militar através de patrulhas que percorrem diariamente cerca de 250 quilômetros de estradas.”

A ação policial foi necessária em razão de ameaças de sem-terra contra fazendeiros. Há um mês, as cercas da fazenda Ribalonga do Faxinal foram cortadas em vários pontos e o gado fugiu. O pecuarista Eduardo Lourenço Pinto, de 82 anos, foi obrigado a transferir a família para a cidade. Os ruralistas pretendem pedir também ações rápidas da justiça para retirar os invasores em caso de ocupação. Há casos em que a invasão se prolonga além da conta. O sítio Santa Marina, do pequeno produtor Antonio Aversa Neto, invadido por dissidentes do MST no dia 6 de agosto de 2009, só foi desocupado ontem, 445 dias depois. O produtor, que ainda teve de pagar o transporte para os sem-terra saírem da área, vai entrar com ação contra a União.


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