A especulação sobre o nome do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) para vice de José Serra no segundo turno esbarra na lei eleitoral.
O candidato pode até mudar o vice, mas a escolha tem que ser, obrigatoriamente, dentro dos partidos da coligação. Ou seja, PSDB, DEM ou PPS.
Nas primeiras conversas a esse respeito, ontem à noite, foi este o motivo maior que afastou a hipótese Marina Silva (PV).
A Resolução Nº 23.221/2010 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê a substituição de um candidato da chapa majoritária em caso de renúncia. O artigo 56 da mesma resolução permite que a troca seja feita até dez dias antes do pleito, mas o nome indicado deve fazer parte da coligação em questão, tendo o partido a que pertencia o substituído renunciado ao direito de preferência.
Entretanto, na hipótese de escolha de um candidato de uma sigla de outra coligação, os partidos que fazem parte dela podem ingressar no TSE com um pedido de análise formal, ficando a cargo da Corte julgar se é permitida ou não a mudança.
Caso não seja legalmente possível, existe um plano B, que passa pelo senador eleito, Aécio Neves. O nome preferido de alguns tucanões para ficar no lugar de Índio da Costa é o do senador eleito Aécio Neves.
A pressão será grande porque Aécio sempre disse que sua presença na chapa faria pouca diferença para Serra. Mas fez. Apesar da vitória triunfal do ex-governador em Minas Gerais, o único tucano que perdeu lá foi Serra. Fez apenas 30% dos votos no estado, bem abaixo do que os vices mineiros garantiram aos presidentes eleitos no passado.
Os tucanões já fizeram essa conta e sabem que para virar votos em Minas precisarão de um mineiro na chapa. A tucanada quer mudança mesmo, vamos ver!
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