segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DEBATE: SERRA VENCE DE NOVO!


Mais sério do que em debates anteriores, Serra foi ao ataque usando os escândalos na Casa Civil, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e tentou inverter os ataques feitos a ele pela campanha petista, que o acusa de defender a privatização. Nos temas da banda larga e da Petrobras, sugeriu que quem trabalhou pela privatização foi Dilma.

Serra foi o primeiro a abordar a temática dos escândalos, e citou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que hoje prestou depoimento à Polícia Federal no caso em que é acusada de tráfico da influência.

Serra afirmou que a campanha petista inventa "um rosário de mentiras" sobre ele.

"Vocês inventam uma coisa de que teria havido uma contribuição que eu não teria recebido e ele teria recebido. Primeiro que eu seria a vítima. Quem tem que investigar é a Polícia Federal. O Paulo de Souza sequer foi chamado para depor"

"Ela [Dilma] teve como braço direito uma mulher que montou um esquema amplo de corrupção. Aliás, foi a mulher que a Dilma deixou pra ocupar o lugar dela".

Serra acusou Dilma de "mentirosamente" dizer que ele quer privatizar o pré-sal. No entanto, segundo o tucano, a petista --como presidente do Conselho de Administração da Petrobras-- entregou a exploração do petróleo brasileiro para 108 empresas privadas, "metade para estrangeiras e metade nacionais".

Ao ser questionado pela adversária sobre a criação de empregos, Serra voltou a falar do petróleo.

"Eu duvido que alguém tenha entendido o que a Dilma explicou", afirmou o tucano. Segundo ele, a petista foi a pessoa que mais entregou a exploração de petróleo para empresas privadas no mundo.

"O que eu quero fazer é reestatizar a Petrobras", afirmou Serra.

O presidenciável ainda afirmou que o governo entregou parte da Petrobras para o comando do ex-presidente Fernando Collor. Na sua última fala, no terceiro bloco, Serra afirmou que houve também na administração Dilma na Petrobras privatização do pré-sal.

Serra prometeu fazer o "desmatamento zero" na Amazônia. O tucano disse ainda que, enquanto Dilma no governo, se posicionou contra o Fundo Internacional do Meio Ambiente.

Questionado por Dilma sobre o PAC e projetos de investimento para o Nordeste, Serra disparou contra o programa e afirmou que não há "planejamento" nem "entrosamento" entre as obras.

"Teve um índice de realização pequeno. Talvez um sétimo foi de fato realizado", disse. "Há muito mais saliva, muito mais propaganda do que realização".

O tucano criticou também a lentidão nas obras da Transnordestina e da ferrovia norte-sul.

No último bloco, Serra questionou Dilma sobre o MST, que, segundo ele, "é um movimento político, que usa a reforma agrária como pretexto". O tucano disse estar preocupado com o fato de que o governo "tem dado dinheiro" ao movimento.

Serra lembrou de um episódio em que Dilma vestiu o boné do movimento e depois disse que jamais voltaria a vesti-lo. O tucano rebateu as falas de Dilma de que o governo Lula assentou mais pessoas do que o governo FHC e de que o número de invasões de terra diminuiu no atual governo.

"As invasões aumentaram com relação ao governo passado. Antes teve 800 por ano. Nesse ano teve 900. E não são só invasões, são também destruições. Uma coisa é reforma agrária, outra é a violência pra quebrar a ordem jurídica", afirmou Serra.

Nas considerações finais, Serra foi intensamente aplaudido pela platéia e rolou até um "fora Dilma!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário