quinta-feira, 5 de agosto de 2010

COMO ACREDITAR EM PESQUISA, ASSIM?

Cumprindo uma tendencia esperada por parte desse instituto Sensus, sua pesquisa traz uma diferença de 10 pontos entre Dilma e Serra, próxima dos 8 pontos de diferença que trouxe o Vox Populi.

Esses dois institutos, Sensus e Vox Populi, já estabeleceram entre os eleitores a impressão que são pró-Dilma, porque, invariávelmente trazem a candidata com alguma vantagem, desde o início das pesquisas, quando não na frente, pelo menos com uma diferença menor em relação ao Datafolha e ao Ibope.

Os períodos de pesquisa são quase os mesmos, mas o resultado é totalmente diferente. O último Datafolha deu empate técnico, com Serra numéricamente na frente de Dilma e o Ibope deu 5 pontos de frente para Dilma, com mais tendencia para o empate.

Mas os dois, Sensus e Vox Populi, na contra corrente trazem diferenças e 10 e 8 pontos, que, absolutamente, são invisíveis nas ruas.

Alguém está mentindo nessa história, impossível saber quem nesse momento. Sabe-se que critérios diferentes na coletas de dados podem dar diferenças favoráveis a esse ou aquele candidato. Por exemplo, sabe-se quais muncípios tendem apoiar um ou outro candidato, daí se priorizar mais municípios de um candidato do que de outro, lógicamente o resultado dará uma diferença maior para o candidato priorizado. O resultado não é falso, mas a pesquisa foi dirigida para dar o resultado que se queria.

Coincidentemente, na imprensa, há um movimento de articulistas criando um ambiente mais favorável à Dilma e consequentemente, procurando enfraquecer Serra. Procuram super valorizar a atuação de Lula na campanha e ao mesmo tempo tentam jogar tucanos contra tucanos, questionando a atuação de Aécio, por exemplo, na campanha. Parece um orquestramento no sentido de levar o eleitorado de Serra ao desânimo.

Cabe ao PSDB, a Serra e até a seu eleitorado, reagir contra isso. Qualquer pesquisa é uma fotografia de um instante, não define a eleição. O período que se inicia agora é fundamental. A exposição diária na televisão e os debates, vão dar rumos novos à eleição. Tudo depende da habilidade e da organização de campanha de cada um.

Mas uma coisa é certa, no final, teremos institutos de pesquisa desmoralizados, se insistirem nessas diferenças na forma de pesquisar.

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