Serra questionou ainda a postura do ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, que chegou a chamar de "ditador" o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, após descartar a possibilidade de Sakineh ser mandada para o Brasil.
— Ele (Paulo Vannuchi) tinha que explicar porque o governo disse que tinha carinho e amizade pelo Ahmadinejad. Eu acho que isso é puramente eleitoral. Nunca duvido das posições pessoais do Paulo Vannuchi. O fato é que o Brasil manifestou durante todo esse tempo carinho, amizade e confiança para o Irã — disse Serra, depois de participar do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, realizado em Brasília.
Para Serra, a interferência do governo em favor da iraniana teria como objetivo principal beneficiar a candidata petista, Dilma Rousseff, que quer conquistar o voto feminino. E cobrou da adversária um posicionamento claro em relação ao Irã.
— Como isso pega mal para a opinião pública, e nós estamos numa eleição, convém confundir de novo a opinião pública. Tem que perguntar pro Vannuchi sobre Cuba, ele não falou sobre Cuba. Aliás, ela (Dilma) é que tem que explicar porque nunca reclamou do Irã e, agora, o Irã é uma ditadura. Ela nunca disse uma palavrinha áspera com relação àquela ditadura fascista e feroz — ressaltou.
Durante o Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Serra acusou ainda o governo Lula de ter mentido durante a votação que derrubou a cobrança da CPMF:
— É trololó, falsidade, mentira dizer que os problemas financeiros da saúde provêm do fim da CPMF. Depois da aprovação da PEC 29 em 2000, a saúde deixou de depender da CPMF.
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