"Um recital alemão". A manchete da página do diário esportivo francês L'Equipe na internet resume bem o que se viu nos 90 minutos da partida entre Alemanha e Argentina, no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo. O jornal, que não se furtou a publicar, na edição impressa os palavrões endereçados por Nicolas Anelka ao técnico Raymond Domenech, que deram início à derrocada dos atuais vice-campeões, desta vez escolheram a discrição para comentar o passeio da equipe de Joachim Löw. "No fim, é sempre a Alemanha que ganha. E desta vez foi com classe, com uma pressão coletiva que durou toda a partida e neutralizou o potencial ofensivo dos sul-americanos".
Humilhação foi a palavra encontrada pelo Marca e pela Gazzetta dello Sport para definir o confronto. "A Argentina de Maradona volta para casa humilhada e ridicularizada. As lágrimas de Messi e a cabeça baixa de Maradona simbolizam muito bem o que foi a ridícula apresentação de uma seleção que já se via com a Copa nas mãos. Uma Alemanha soberba fez a melhor apresentação do Mundial e se garante nas semifinais pela porta da frente, enquanto uma Argentina de mentira se despede pelos fundos", provocam os espanhóis. "Os alemães asfaltam a equipe de Maradona com um 4 a 0 que não dá lugar a justificativas", diz a publicação italiana.
"Alemanha unida pela mágica", titula o Sueddeutsche Zeitung. "Com um golpe de meste tático, a Mannschaft desmonta a Argentina e avança às semifinais". "Furacão alemão nas semifinais", estampa o Frankfurter Allgemeine. Pelo lado argentino, não restou senão reconhecer a derrota e os méritos de um adversário que, quatro anos antes, em casa, precisou dos pênaltis para se classificar às semifinais. "Suor e lágrimas. Mais uma vez a Argentina se chocou com a solidez alemã. Só que desta vez foi pior: uma surra. Chegamos até aqui", joga a toalha o Olé. O Clarín também fala em humilhação. "Seleção sai humilhada do Mundial", diz o Clarín, que lista 10 razões para a eliminação e afirma que em nenhum momento durante a partida deste sábado os bicampeões mundiais deram qualquer mostra de que mereciam avançar. "Uma equipe desordenada e um corpo técnico que tomou decisões equivocadas foi o que se viu".
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