O candidato a presidente José Serra (PSDB) defendeu ontem que o governo federal deixe de fazer "filantropia" com países vizinhos, como Paraguai e Bolívia, e destine o dinheiro a investimentos em áreas carentes do Nordeste.
O tucano criticou o acordo fechado entre o presidente Lula e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, para ampliar a remuneração do vizinho na comercialização de energia da hidrelétrica de Itaipu.
— Estamos fazendo, sem dúvida, filantropia com o Paraguai, a Bolívia. Só me pergunto por que não em Sergipe, no Piauí, no Maranhão? Tem muitos lugares para se fazer coisas — criticou o tucano, no último almoço-debate da série com os três principais presidenciáveis organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que representa 43% do PIB privado do país.
Criticou diretamente a candidata Dilma Rousseff (PT), Serra disse que, se a adversária for eleita, as invasões de terra pelo MST vão crescer.
— O MST é um movimento de acumulação de forças revolucionário. O Stédile declarou apoio a Dilma. E por quê? Isso está dito. Porque, com ela, vão poder fazer mais invasões, mais agitação — disse, referindo-se ao líder do movimento João Pedro Stédile.
Em relação ao Paraguai, Serra criticou especificamente o acordo pelo qual o Brasil vai aumentar em 15% a remuneração pela energia do Paraguai em Itaipu binacional.
Serra disse que, sua relação com Paraguai e Bolívia, será "a melhor possível", mas baseada em "lances políticos mais construtivos".
— Creio que há outros lances políticos mais construtivos e adequados na relação Brasil-Paraguai, que são de cooperação, financiamentos, mais do que abrir um precedente de quebra de tratado que, no futuro, pode trazer problemas.
Perfeitas as colocações do Serra!
ResponderExcluirEle falou tudo que eu penso!