Prestes a virar ex-presidente, Lula tenta agora presidir o futuro. Lula quer ensinar como devem ser geridos os dividendos das jazidas oceânicas:
"Esse dinheiro tem que ser gerenciado não pelo presidente da República, mas por um conselho que a gente vai ter que criar...”
Um conselho que represente “...a sociedade civil, para poder gastar cada centavo apenas naquilo que é essencial para o futuro e o desenvolvimento desse país...”
“...Porque senão a gente gasta o dinheiro, o petróleo acaba e a gente continua pobre".
Lula foi ao Espírito Santo para tomar parte da cerimônia de extração do “primeiro óleo” da jazida pré-saleira do Campo de Baleia Franca. A profundidade de extração lá, é de 4.785 m, não muito diferente das extrações em outros poços da Petrobrás e conhecendo os métodos de propaganda do governo Lula, tenho cá minhas dúvidas se é pré-sal mesmo ou mais um golpe de publicidade em ano de eleição.
Renovou o voto de confiança em sua pupila. Absteve-se de citar o nome de Dilma Rousseff. Mas atacou a candidatura de José Serra, o que nesse caso pode se configurar como abuso de poder político contra um adversário, porque fez os ataques investido na figura de presidente da República num vento oficial.
Achando que “salvou o Brasil”, Lula julga-se agora em condições de evitar que o próximo inquilino do Planalto estrague a nação, como se só ele pudesse governar sem controle da sociedade.
Lula quer que o sucessor (ou sucessora) confie a gestão da grana do pré-sal a conselho de notáveis, quem sabe, indicados por ele mesmo.
Seria como se, de agora em diante, todos que vencessem as eleições presidenciais, se declarassem incompetentes e chamassem a “sociedade civil”, para decidir em seu nome.
Talvez, pelo menos, isso indique que Lula não pretenda mais voltar ao Planalto, ou será que nesse caso, ele mudaria essa regra de novo?
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