Em Belo Horizonte, o presidenciável tucano José Serra quebrou o silêncio sobre a polêmica que declarações atabalhoadas de seu vice atearam na cena política.
Serra disse: "A ligação do PT é com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas..."
"...Mas isso todo mundo sabe, tem muitas reportagens, tem muita coisa. Apenas isso..."
"...Agora, as Farc são uma força ligada ao narcotráfico, isso não significa que o PT faça o narcotráfico".
No final de semana, o comando da campanha manifestou seu desconforto com as palavras de Índio.
A afinidade do petismo com os guerrilheiros colombianos é antiga e inegável. Mas não há notícia de que o partido de Lula trafique drogas.
O tucanato atribui a batatada à juventude de Índio. Nessa matéria, não há o que fazer senão repetir Nelson Rodrigues:
“O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da imaturidade”. O remédio? “Jovens, envelheçam”, ensinava o velho cronista.
Serra foi à capital mineira para participar da inauguração de um comitê eleitoral. Deu entrevista ao lado de Aécio Neves, candidato ao Senado.
Serra lembrou um malfeito que a Receita Federal investiga: "Há coisa mais séria, que é quebra de sigilo".
Referia-se à divulgação ilegal de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Protegidos por sigilo fiscal, foram parar num dossiê.
"É quebra de sigilo de tucanos como arma de baixaria eleitoral", disse Serra. "Essa coisa precisa ser apurada, ir à Justiça, é um crime muito grave".
Serra comentou a notícia de que o PT planeja protocolar no Conselho Nacional do Ministério Público uma representação contra a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau.
Disse que, "em geral", quando os petistas "fazem algo ilegal, a vítima é a culpada".
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