sexta-feira, 30 de julho de 2010

THE SHOW MUST GO ON



Lula, cada vez mais se parece com um showman. Desta vez foi no comício de Porto alegre. A performance é feita em dupla com Dilma, ela servindo de 'escada" para suas apoteoses.

Lula começa com essa pérola: “Vocês já viram um político ir para um palanque falar mal de catador de papel, do movimento de moradia, do pobre que anda com carrinho na rua? Não. Esta é a época de desancar empresário, bater em banqueiro, falar mal das pessoas que eles sabem que não podem falar mal, porque são as que financiam suas campanhas."

O presidente parece conhecer o assunto com cátedra, afinal disputou várias eleições e fez vários acordos.


Dilma entra no monólogo e prepara a cena de emoção:

"Eu trabalhei com o presidente Lula. Sei quanto será duro ver o presidente descendo a rampa do Palácio do Planalto... Eu sei a obra e o tamanho da obra feita por ele".


Lula, olhos marejados, olha dramáticamente para Dilma e balbucia, com a voz embargada:

“Faltam apenas cinco meses e dois dias”.


Minha nossa! Isso tudo ainda!


"Eles têm duas caras. Uma nas eleições e a outra na hora de governar. Eles governam para um terço da população", Dilma batendo na oposição e dando a deixa para o chefe.

Lula completa: "A direita tenta dar golpe a cada 24 horas nesse país. Foram oito anos de provocações, de ataques e de infâmias".

Eu nunca vi nenhuma ameaça de golpe durante esses anos do governo dele, exceto o episódio do mensalão em 2005, orquestrado por seus aliados, que só não o levaram ao impeachment porque, exatamente essa "direita" que ele acusa, na verdade a oposição, foi tímida e não quis derrubá-lo.

Dilma lembrando a fala do chefe, quando tentava antecipar desculpas para seus eventuais erros, disse no começo do governo, que não teria direito de errar, emendou:
"Eu também não posso errar, porque as mulheres desse país tem de seguir sendo, tendo como uma das suas oportunidades, ser presidente da República".

O discurso é surrado, batido e vazio. Lula não errou pouco, como se diz aqui em Minas quando se quer dizer que alguém errou muito: "Errou com gosto!"

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