Não bastasse o desgaste pelo fato de Dilma ter rubricado todas as páginas da primeira versão que previa propostas consideradas muito esquerdistas, o novo texto registrado no TSE exclui pontos que provocaram forte reação de setores empresariais e do agronegócio, mas manteve e ampliou a previsão de mecanismos de controle social da mídia.
Na segunda versão do documento foram retiradas a taxação de grandes fortunas, a flexibilização da punição de ações violentas do Movimento do Sem Terra e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Tanto na primeira quanto na segunda versão, o programa critica, e indica medidas para combater, o que o PT chama de monopólio dos meios de comunicação.
Sem propostas dos partidos coligados, como PMDB e PDT, o programa registrado no TSE como plano de governo de Dilma é uma cópia maquiada do documento aprovado no 4 Congresso Nacional do PT, em fevereiro passado, denominado "A grande Transformação".
Nas duas versões, sob responsabilidade do ministro Marco Aurélio Garcia, o programa prega que é preciso "fortalecer políticas de indução às indústrias criativas e suas cadeias produtivas que integram o conjunto da economia da cultura".
Na segunda versão, o texto detalha o que fazer para combater o "monopólio" da mídia. Cita o fortalecimento da participação popular e dá ênfase às conferências nacionais para subsidiar políticas públicas e iniciativas do Legislativo.
Ao falar na implementação de políticas previstas no Plano Nacional de Cultura e pelas conferências nacionais — sem citar diretamente a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que traz medidas explícitas de controle da mídia —, o texto mascara a intenção do PT de dar ênfase ao que chama de controle social dos meios de comunicação.
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