quinta-feira, 22 de julho de 2010

MEU NOME É ANTONIA


A analista tributária Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, investigada pela corregedoria da Receita Federal pela quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, foi afastada da chefia da agência do Fisco localizada em Mauá (SP) em 2 de julho e entrou em férias dez dias depois. A Delegacia da Receita Federal de Santo André, onde Antonia está lotada desde o fim de maio, negou que sua ausência do cargo, em plena investigação, esteja relacionada a uma possível punição pela quebra de sigilo do dirigente tucano.

Mas que coincidencia, não? Afastam a funcionária diante do clamor despertado pelo caso da quebra de sigilo e dizem que não tem nada a ver. Tem a ver com o que, então?

Antonia sofre processo administrativo disciplinar, aberto pela corregedoria da Receita no dia 21 de junho. A sindicância revelou que o acesso da servidora aos dados de Eduardo Jorge foi "imotivado" - isto é, está na contramão das únicas condições aceitas: trabalho de rotina de fiscalização e requisições do Judiciário e da procuradoria. A Receita se negou a divulgar o nome da funcionária.

O acesso "imotivado' foi parar no dossie! Que coisa não? Mágica!

Os dados fiscais do tucano fariam parte de suposto material levantado pelo chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha da petista Dilma Rousseff.

"Eu não me lembro de ter acessado esse contribuinte”, disse Antonia.

Puxa vida! O afastamento de Antonia não tem relação com a quebra de sigilo, o acesso foi "imotivado", a funcionária não "lembra' do acesso, mas os dados vão parar num dossiê! Isso lembra a declaração de Serra: "Quando um petista faz algo errado, a vítima é que é culpada!"

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